sábado, 18 de julho de 2009

A hora do rush!


A Hora do Rush!


 

O ouvinte Douglas Schatzmann me perguntou durante o Cafezinho de sexta feira (17/07/09) há quanto tempo existia "A Hora do Rush". Não sei exatamente o dia em que o programa foi criado, mas foi lá por 1980,81 ainda na Bandeirantes FM. Depois veio a Ipanema e o programa permaneceu. Quando saí da Ipanema para a então Felusp FM houve um período de um ano, talvez mais, em que A hora do rush não foi ao ar, voltando depois desse período. Mas se contarmos o tempo corrido lá se vão 28 anos, mais ou menos. É certo que poucos programas no rádio gaúcho atingiram essa marca e não sei se no FM há algum outro programa que exista há tanto tempo. Talvez o Love songs, vou pesquisar.

Outro dia, alunos de comunicação me perguntavam qual o segredo da, digamos, durabilidade do programa e a perspectiva daqui pra frente... respondi que o segredo era trabalhar sempre com os clássicos e lançamentos, mesmo que lançamentos clássicos! Simples assim! Em alguns momentos dessa trajetória pensei em acabar com o programa, mudar de nome, fazer algo diferente, novo enfim... depois cheguei à conclusão que não, que esse era o grande barato da Hora do Rush... um programa, clássico, tradicional. Comecei a achar legal essa longevidade do programa e pensei, agora vou até onde o motor agüentar...me agrada a idéia de que mesmo a radio (no caso, as rádios) tendo passado por tantas mudanças, A hora do Rush tenha permanecido até hoje, sempre com bons índices de audiência e boa aceitação no mercado publicitário, que é o que determina a manutenção de programas, programações, projetos de rádio de uma forma geral.

Agora de volta ao horário tradicional das 18 horas, "A hora do rush" entra em um novo momento da Pop Rock. Essa fase que denominamos pop+rock e seguimos em frente. Eu que sou um cara que se poderia chamar "old school" gosto de coisas bem clássicas, simples, tradicionais vejo que "A hora do rush" modestamente vai por esse caminho, fazendo a trilha sonora de sua volta pra casa ou como dizia o Ricardo Padão quando trabalhava comigo, fazendo "a alegria da Br!"

terça-feira, 31 de março de 2009

A nova velha Pop Rock !


 


 

Foi o Eduardo Santos mesmo que me lembrou essa semana da frase que eu proferi quando saí da Ipanema FM e fui pra Felusp FM (pra quem não sabe ou não lembra, a Pop Rock antes de ter esse nome, era a Felusp FM) em 1992: "não sei onde eu tô indo, mas sei que tou no meu caminho. Enquanto você me critica eu tô no meu caminho" que é de uma música do Raul Seixas que foi gravada também pelo Barão Vermelho, chamada No fundo do quintal da escola. (Há uma referência a isso no meu livro Prezados Ouvintes – editora Artes e Ofícios).
A lembrança é pertinente porque estamos de novo prestes a começar uma nova fase da Pop Rock. A Pop + Rock! Essa nova programação que traz novas parcerias, também é uma volta às origens. Eu e o Eduardo trabalhamos juntos na Ipanema nos anos 80 onde ele surgiu como operador de áudio. No final da década, Edu foi estudar na Ulbra e acabou entrando na Felusp FM fazendo o College Radio. Em 92 quando fui convidado a assumir a direção da Felusp, o Edu teve papel importante na minha transferência, me convencendo a aceitar o convite, já que eu realmente estava em dúvida e só aceitei depois de algum tempo e do segundo convite da direção da Universidade. Depois de uns dois anos trabalhando juntos na Felusp, Eduardo voltou pra Ipanema onde ficou por muitos anos chegando a ser o diretor da rádio quando a Kátia Suman deixou o posto. Enquanto isso surgia e crescia a Pop Rock, a rádio da Ulbra. Passamos um bom tempo meio afastados e ultimamente voltamos a conversar bastante sobre as rádios, sobre o mercado publicitário e coisas relacionadas ao trabalho. Agora estamos juntos de novo nessa nova empreitada que é também uma volta ao passado, de certa forma, pois a Pop Rock vai resgatar alguns conceitos que fizeram parte da rádio e que nos últimos tempos andaram um pouco esquecidos por razões variadas mas quase todas elas relacionadas ao mercado, à concorrência entre as empresas e coisas do gênero. Essa semana recebi um email de uma ouvinte se dizendo perplexa com as trocas de profissionais entre as rádios, citando especificamente os casos do Fetter e do Edu Santos pois ambos fizeram algo parecido. O primeiro, no Cafezinho criticava seguidamente a rádio Atlântida, a direção da empresa e a RBS como um todo em palavras nominais e acabou sendo contratado com cargo de direção e ainda levou mais três locutores da Pop Rock numa tacada só. O Edu nos malhava na Ipanema dizendo que o Cafezinho era uma espécie de besteirol que estava na moda nas rádios e etc... a ouvinte não entende como essas pessoas falam desta forma e são contratadas. Não é fácil de entender mesmo. Lembro dos jogadores de futebol que beijam a camisa do time que ontem era adversário por uma boa quantia de dinheiro, muito mais do que a gente, reles radialistas poderíamos ganhar em alguns anos de trabalho. Maketing, estratégia, necessidades pessoais e profissionais, interesses empresariais, dinheiro, no fim das contas.... tudo faz parte do jogo. Claro que existem casos e casos. E no caso do Edu, eu sempre soube que era o discurso que ele fazia no momento pra defender a rádio Ipanema que sempre teve no ataque e na contestação o seu marketing de sobrevivência. No fundo as empresas são meio que iguais em quase tudo, querem resultado. E as pessoas também querem quase a mesma coisa, ganhar mais e trabalhar menos, em linhas gerais. A diferença, na minha opinião, é que tu possa te orgulhar do trabalho feito, deixar um legado positivo relacionado ao teu nome e manter uma coerência pessoal dentro dessa incoerente e tênue linha que separa o joio do trigo! Mas isso é o que eu acho... Então, de novo, estamos seguindo nosso caminho, a diferença é que agora sabemos um pouco mais para onde estamos indo...ou não!